terça-feira, 27 de agosto de 2013

Monteiro Lobato: O Cavalo e o Burro.

 
                                                                       
O cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade.  O cavalo contente da vida, folgando com uma carga de quatro arrobas apenas, e o burro — coitado!  gemendo sob o peso de oito.  Em certo ponto, o burro parou e disse:

– Não posso mais!  Esta carga excede às minhas forças e o remédio é repartirmos o peso irmãmente, seis arrobas para cada um.
 
O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada.
 
– Ingênuo!  Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso tão bem continuar com as quatro?  Tenho cara de tolo?
 
O burro gemeu:
– Egoísta,  Lembre-se que se eu morrer você terá que seguir com a carga de quatro arrobas e mais a minha.
 
O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso.  Logo adiante, porém, o burro tropica, vem ao chão e rebenta.
 
Chegam os tropeiros, maldizem a sorte e sem demora arrumam com as oito arrobas do burro sobre as quatro do cavalo egoísta.  E como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem piedade.
 

– Bem feito!  exclamou o papagaio.  Quem mandou ser mais burro que o pobre burro e não compreender que o verdadeiro egoísmo era aliviá-lo da carga em excesso?  Tome!  Gema dobrado agora…

Gostei tanto da lição que  estou partilhando com você.
Obrigada por seguir e pela sua amável visita neste cantinho, que o acolhe com muito carinho.
Deixo aquele abraço procê!

Um comentário:

  1. Olá minha querida!
    Como sempre, tudo que tem animais, me toca demais e, apesar de ser uma parábola, fico pensando na tristeza deles ;-)
    Bela lição - muitos de nós andamos sem sequer olhar pro lado. Felizes os que se dão conta antes da partida do próximo. Outros, lamentam o resto da vida.
    Adorei!!!
    Linda tarde, abração esmagador.

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Olá!!!

Você aqui? Que maravilha!

Deus te abençoe com chuuuuuuvas de bênçãos, mas se for pouco...então eu desejo um toró,viu?

Abraços fraternos